quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Estou falando em você!

 




Quando eu sonho, 

Quando eu sinto amor,

Quando os meus pés não tocam o chão,

Quando eu vejo flores no meu caminho,

Ou quando meu caminho é segurança ,

Quando eu tenho clareza,

Quando as feridas não doem mais,

Quando nada fica escondido,

Ou nada me assusta,

Quando o infinito é realidade,

Quando olhos falam do coração, e,

O sorriso é necessidade,

Quando não há impossível,

Ou quando tudo está no lugar,

Quando as lágrimas são felicidade,

Ou quando não exista distância,

Quando a lua seja possível de tocar,

Quando o frio seja só na barriga,

Quando os dias forem só por do sol laranja,

Ou quando eu já me entreguei,

Eu estou falando em você…

Ainda há tempo…



Eu sei que está tarde,

Mas estou fixado,

Esperando a porta abrir,

Esperando você entrar,

Em mim;

Há muito de você ainda.

Eu sei que pode não haver mais tempo,

Mas eu te peço, entre.


Eu sei que está tarde,

Mas me salve,

Eu encontro a paz na sua respiração,

E fico seguro nos seus braços,

Estou esperando você entrar por essa porta,

Seu marrom moreno em mim é cor vida.

Sua fartura alimenta meu ser.


Eu sei que está tarde,

Mas com esse ar escasso,

Com essa voz trêmula e molhada,

Ainda há você.

Sim, está tarde, mas é em você que ganho vida.


Eu pareço só saber dos finais,

E isso dói.

Eu não sei se você ainda quer ser casa,

Mas eu saberei esperar, 

Entre por essa porta,

Me invada e nos faça um

Marrom vida branco esperança,

Ainda há tempo.

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Hoje meu meu peito está apertado,
Meu silêncio me sufoca,
Eu queria gritar seu nome,
Mas a saudade só me deixa sussurrar que eu te amo!

terça-feira, 17 de setembro de 2024

Voar

 O céu não para de cair.

Eu já não consigo mais levantar.

Há algo que me prende ao chão.

Não consigo mais voar,

Sem tuas asas meu pouso virou morada.

E qualquer abismo me assusta.

Sem você não consigo estar livre 

E o firmamento parece que desabou,

Então me dê a mão,

E me ensine a voar novamente.

Há um infinito para estarmos.

Juntos.

Eu sigo aqui…


Eu não fui embora.

Eu sigo aqui,

Vendo você se afastar,

Vendo você fingir que não me enxerga,

Eu sinto os dias cortando minha esperança,

E não importa o quanto eu tente

Aos poucos meu futuro desmorona.

Eu olho pra você, e sinto que algo está errado,

Ainda não consigo odiar você.

Ainda sinto meu coração disparar quanto te encontro.

Algo está errado,

Teu sorriso ainda me deixa feliz,

E eu não esqueci teu cheiro,

Ainda sei do descompasso do meu coração quando segurava sua mão.

Eu não fui embora,

E algo está errado

Você tem sido duro comigo,

Mas minha vida tem seguido, mesmo aqui, parado.

Depois de você, eu desaprendi o caminho.

E sem teu colo tudo me dá medo.

Eu não vou embora,

Mas você se afasta cada dia mais,

Em pensar que você dizia ter medo de ficar só.

Eu não fui embora, é algo está errado.

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

 




Ontem, quando terminamos, eu sofri.

Hoje, quando eu acordei, a vida seguiu.








E de mim, quem vai cuidar?

Eu olho pra ela e admito, gosto.

Não a temo, 

No colo dela encontro uma paz indescritível,

E na sua nostalgia mora meu prazer e poesia.

Eu venero essa solidão em que vivi.

Mas me pergunto, e de mim, quem vai cuidar?

Eu não falo das noites frias,

Das estrelas caem e eu não conseguindo segurar.

Eu não temo a velhice incapacitante limitando meu corpo solitário.

Eu não me arrependo dos amores que não deram certo.

E nem afasto os cuidados que tenho por quem precisa.

Mas nessa solidão que me habita,

De mim, quem vai cuidar?

Quem vai aceitar essa falta de espaço,

Esse jeito ermita de ser.

Quem vai amar a solidão que afaga meu rosto

E afasta qualquer pessoa.

Eu aprendi a ser só, e gostei.

terça-feira, 10 de setembro de 2024

ALLice

 

Mais uma viagem a fazer, e eu estou cansada.

Mais um destino pra não chegar.

Tudo parece ter pressa por essa janela

Tudo é tão rápido e molhado que eu só enxergo borrões.

O sol ainda vai queimar quando eu não acordar

Apesar de mim, o mundo segue.

Os coelhos correm e não há conselho que me faça grande,

Não há religião que revolucione

E eu devo estar enlouquecendo,

Não há necessidade de ser tão honesto

Nem razão pra tanto medo,

É só tentar dormir agora,

É só ter um pouco de coragem.

aparências

 

Seu olhar parecia tão doce,

E parecia oração o seu silêncio,

Suas mãos pareciam a certeza que eu buscava

E seu colo parecia meu ponto de chegada.

Seu coração parecia lar,

E você parecia ser o cara certo,

Mas parece que tudo só parecia...

Vazio

Não há mais nada aqui,

Tudo que construímos é vazio,

Segurar sua mão não me protege mais,

E seus caminhos não me levam mais a lugar nenhum.

Eu sinto falta do seu cheiro, e raiva da sua ausência.

Não há mais nada aqui.

Acordamos de todos os sonhos,

Eu me sinto tão estupido,

E mesmo assim não consigo dizer adeus.

Esse choro trancado dói tanto quanto seu último abraço.

Eu estou tão perdido que nem você conseguirá me achar,

O seu colo não será mais meu lugar,

Não há mais nada aqui. 

No final, promessa cumprida.

Eu disse que não ia embora,

E fiquei.

Eu vi o tempo passar,

Eu quis que ele me levasse com ele,

Eu queria o vento cortando minha pele, cortando nosso laço.

Mas eu disse que não ia embora,

E fiquei.

Você não pediu pra eu ficar,

Apenas disse que não me queria longe,

Então eu estive aqui todos esses dias.

Eu vi montanhas ruírem,

Eu vi estrelas morrerem

E eu não parei o tempo,

Eu parei o desejo,

E esperei,

Esperei você decidir,

Esperei você sentir saudades,

Sentir vontade,

Perdido entre meus desejos e seus monstros,

Eu esperei aqui, onde você sempre soube que eu estava,

Eu não soube dizer adeus

Eu cumpri minha promessa,

E só agora percebi que o tempo tinha pressa,

Eu estive preso entre seus dedos,

E essa falta de espaço me sufoca,

Parece um fim,

Mas eu fiquei,

Eu disse que não ia embora.

E estou aqui.

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Vá...


Se meu coração não é mais seu lugar, vá.

Você pode fazer isso,

você sempre pôde.

 

Era sua liberdade que segurava o meu amor,

Então vá.

 

Eu nunca quis salvar você, 

Eu apenas estava disposto a me perder ao seu lado.

 

Vá.

 

Sim, eu percebo esse escuro,

Minhas estrelas morreram, 

E não há forma de controlar minha dor agora,

Então vá.

 

Ver você partir, será como acabar com o resto da minha esperança, 

Mas eu ficarei em pé, 

  

Só.

 

Verei você se afastar, 

A chama se apagará, 

E eu serei tomado pela escuridão, 

Mas eu estarei em pé.

Então vá, 

Eu posso te amar na escuridão do seu mundo, na dor da sua partida,

Mas eu não posso aceitar amor por piedade, também não aceitaria ser amado para te salvar,

Eu estava disposto a me perder ao seu lado.

Mas você não sabe estar.

 

Então vá...

 

Se meu coração não é mais seu lugar, vá.

Você pode fazer isso, você sempre pôde.

 

domingo, 1 de setembro de 2024

Carta aberta a Vaca Profana, dona não só de divinas tetas, mas também dos sábios cornos.


Eu sei que esse é um título é ridículo. E sei, também, que sou ridículo e só por isso esse título poderia/deveria ser apenas um pedaço dessa carta. E antes de tudo eu sei, as coisas não são como gostaríamos ou acreditamos que deveriam ser.


Sim, agora temos um começo.


Eu sempre amei você.

Sempre amei suas divinas tetas. Não por serem a mais bela escultura humana, mas por terem o calor exato do colo que preciso.


Querida Larissa, há tempo nos conhecemos, e há tempos eu sinto saudades. Sim, mesmo ao seu lado, às vezes, sinto saudades, é como se habitássemos em mundos gigantes, e como se sempre nos permitíssemos nos manter neles, mesmo que isso nos faça, abraçados parecer longe, ainda que nossos corações só consigam estar juntos.


Somos sempre tão escuta. Tão amor. Tão respeito. E, mesmo assim eu errei; em algum momento eu me deixei ser domado pelo mundo, pelo seu amor que deseja a paz, pela minha vontade de parecer sóbrio.


Eu errei.


Eu menti para nós.

Eu permiti a cela que o mundo veste.

Eu me adaptei.


Eu peço desculpas a você, a mim, a nós. Como eu pude mentir para nós e me adaptar, logo nós?!


Eu profanei nossas vivências e nossa luta. Eu anulei nossos sentimentos e nossas lágrimas.


Me perdoe Larissa Café Entidade de Divinas Tetas.


Me perdoe por acreditar que adolescer era errado, sem nunca ter perguntado o que era certo pra mim.


Eu não errei só, te levei comigo.


Mas admito, me pergunto se talvez, e quem sabe só talvez, você ignorou isso por amor, mesmo sabendo que eu estava errado.


Sabe, eu te amo na dúvida, no erro, nas possibilidades, e até na certeza(absurdo), mas na mentira é difícil amar qualquer coisa.


Uma vez, entre alguns gins tônicas conversamos sobre a vida adulta, sobre as certezas, sobre a mornidão da segurança. Naquele dia, um pouco frustrado, eu entendi o que isso significava a tão enaltecida “vida adulta”, e erroneamente te pus num lugar serviçal ao concordar que eu precisava dela. Eu te distorci como um fiel distorce uma deusa a seu favor.


Outra vez, eu tentei ser honesto, mas comedi palavras. Eu achava que minha dor vergonhosa não merecia poesia, mais uma vez eu nos desrespeitei. Contei fatos pela metade, temi quem eu sou.


Querida vaca profana de divinas tetas Larissa, ainda há tempo para consertar as coisas?

Ainda há palavras pra rechear a poesia?

Ainda há ninho para tentar voar?



Ainda sou dúvidas, eu só não lembrava.

Te amo!

Quando Eu Voltar

 

Estarei por aqui,

De onde nunca sai,

Por onde estive perdido

Estarei por aqui,

Não mais doce,

Não menos cansado.

Não menos amargurado,

Não mais feliz,

Mas estarei por aqui,

Mais honesto, como só o tempo e a maturidade podem nos deixa.

Estarei por aqui, de volta em mim.

As voltas comigo,

Me conhecendo e me libertando a cada palavra,

Não prometo conforto,

Nem constância,

Mas quando eu voltar, prometo, seguir por aqui...