domingo, 1 de setembro de 2024

Carta aberta a Vaca Profana, dona não só de divinas tetas, mas também dos sábios cornos.


Eu sei que esse é um título é ridículo. E sei, também, que sou ridículo e só por isso esse título poderia/deveria ser apenas um pedaço dessa carta. E antes de tudo eu sei, as coisas não são como gostaríamos ou acreditamos que deveriam ser.


Sim, agora temos um começo.


Eu sempre amei você.

Sempre amei suas divinas tetas. Não por serem a mais bela escultura humana, mas por terem o calor exato do colo que preciso.


Querida Larissa, há tempo nos conhecemos, e há tempos eu sinto saudades. Sim, mesmo ao seu lado, às vezes, sinto saudades, é como se habitássemos em mundos gigantes, e como se sempre nos permitíssemos nos manter neles, mesmo que isso nos faça, abraçados parecer longe, ainda que nossos corações só consigam estar juntos.


Somos sempre tão escuta. Tão amor. Tão respeito. E, mesmo assim eu errei; em algum momento eu me deixei ser domado pelo mundo, pelo seu amor que deseja a paz, pela minha vontade de parecer sóbrio.


Eu errei.


Eu menti para nós.

Eu permiti a cela que o mundo veste.

Eu me adaptei.


Eu peço desculpas a você, a mim, a nós. Como eu pude mentir para nós e me adaptar, logo nós?!


Eu profanei nossas vivências e nossa luta. Eu anulei nossos sentimentos e nossas lágrimas.


Me perdoe Larissa Café Entidade de Divinas Tetas.


Me perdoe por acreditar que adolescer era errado, sem nunca ter perguntado o que era certo pra mim.


Eu não errei só, te levei comigo.


Mas admito, me pergunto se talvez, e quem sabe só talvez, você ignorou isso por amor, mesmo sabendo que eu estava errado.


Sabe, eu te amo na dúvida, no erro, nas possibilidades, e até na certeza(absurdo), mas na mentira é difícil amar qualquer coisa.


Uma vez, entre alguns gins tônicas conversamos sobre a vida adulta, sobre as certezas, sobre a mornidão da segurança. Naquele dia, um pouco frustrado, eu entendi o que isso significava a tão enaltecida “vida adulta”, e erroneamente te pus num lugar serviçal ao concordar que eu precisava dela. Eu te distorci como um fiel distorce uma deusa a seu favor.


Outra vez, eu tentei ser honesto, mas comedi palavras. Eu achava que minha dor vergonhosa não merecia poesia, mais uma vez eu nos desrespeitei. Contei fatos pela metade, temi quem eu sou.


Querida vaca profana de divinas tetas Larissa, ainda há tempo para consertar as coisas?

Ainda há palavras pra rechear a poesia?

Ainda há ninho para tentar voar?



Ainda sou dúvidas, eu só não lembrava.

Te amo!

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