segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Das prisões que a liberdade impõe...

eu odeio essas palavras que não saem,
esse silêncio que aperta,
e odeio essa falta de espaço que o vazio acentua.
odeio tanto essas lagrimas que não caem,
e odeio o tempo que não cura, que não sara e nem para.
eu odeio tanto.



segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Te quero defeitos...

eu escuto seu silêncio,
e calo em dores de não poder gemer;
me perco em seu cheiro,
no seu francês bêbado,
nos seus braços tímidos,
e me prendo a você.

me busco em palavras que não digo
que não ouço,
em profundezas que ainda não tive.

te arranco coisas que quer me dar,
regozijo em beijos,
somos dois tão um,
tão pedaços,
fragmentos mal colados,
somos tantas verdades veladas

não em nós medos que não se escondam em mentiras,
e nem verdades que a proximidade não revele.
não machuque meu coração sendo metade,

te quero defeitos.


eu ainda sinto seu gosto perdido em meio ao vinho,
e as horas da madrugada são eternas sem o seu saber,
onde sua música?
onde estão teus interiores?
te quero defeitos,

grite comigo!
reclame, me ensine a te perder...


na cama, diga mais uma vez que sou fácil,
e depois me peça um abraço.

diga "boa noite",
suspire em meus braços,

e vamos dormir,
ha uma eternidade até a luz voltar.

Dos passados que foram presentes...


Dos diálogos que não existiram, que só eu tive...







- Eu te amo...

(risos de canto de boca, suspiros que enchem o silêncio e o vazio...)

- Maluco, você não deve me amar...



(Silêncio)


(Mais silêncio...)

- Teu nome ainda está na minha geladeira...



(Risos velados de domínio, de certeza...)

- E no meu coração, que agora está quente... Nunca estará em outro lugar se não em mim... Ainda que teu nome esteja em outras bocas, outras esperanças... Somos um.

- Repito, não deverias...

- É, eu não deveria...