sábado, 30 de janeiro de 2010

sEm SaBeR; sAbEnDo...

Sim, você é do tipo de garota que me faz ficar parado,
Me vejo preso em tua liberdade,
E em baixo dos teus pés o mundo gira,
Posso não saber o porquê, mas continuo querendo você.

E nos teus braços eu voltarei a nascer,
Perder-me em você,
E serei achado;
Dançando parado em teus olhos, procurando...
Posso não saber o porquê, mas continuo querendo você.

Daqueles tempos conservo a cara pintada e o coração partido,
Eu sou o seu pior pedaço, o mais presente.
Correndo para não fugir...
E posso não saber o porquê, mas continuo querendo você...

Posso ter meus defeitos, mas é dos seus que eu gosto...
Posso não saber fazer, mas com você posso aprender...
Me ensine baby, me ensine a mexer...
Quero ter você mais uma vez dentro mim...

Correndo pra não fugir,
Preso em tua liberdade,
Dançando em teus olhos, procurando...
E posso não saber o porquê, mas continuo querendo você...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

bLoG mEu, TeXtO dE qUeM eScReVe MeLhOr Do QuE eU... [ENTRE ALMA E EU]

Aloha!

Galera esse é mais uma da série "Droga! Eu queria ter escrito isso!"
É "fabuloso!"


"Entre alma e eu
Precipício
Lacuna rara
Torna real em noite de luares
Céu nublado
entre eu
Rio solidão engole
eu desconhecido. "
Méritos Ao Sr. Luís Gustava de Oliveira

[eSqUeCe]NdO...

Tudo no lugar,
Casa limpa,
Estou de banho tomado, sentado.
Te esperando,
Mas você não vem.

Você continua esquecendo de mim.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

fAçA dE nOvO...

Faça de novo...
Me faça de novo esse favor,
Me faça seu de novo...
Faça como só você sabe fazer,
Faça do jeito que me enlouquece,
Você me deixa com febre,
Você sabe mexer,
Tem o ritmo do meu coração, o compasso exato do meu corpo...
Faça de novo,
Me faça de novo esse favor,
Você sabe como chegar no meu céu,
Conhece meu caminho, minhas curvas...
Você é meu destino
Então faça de novo...
Mas faça de vagar, vamos aproveitar...
Só você sabe fazer assim,
Só você sabe me tocar desse jeito...
Me faz perder o chão,
Faça de vagar,
Com você eu fico doido,
Então faça com vontade, fique a vontade,
Fique em mim com vontade...
Faça de novo,
Me faça de novo esse favor,
Você sabe pra onde me levar,
Sabe que é dentro de você que quero estar,
Faça isso físico, faça real...
Faça de vagar, vamos aproveitar,
Só você sabe fazer assim,
Só você sabe me tocar desse jeito...
Você me deixa com febre,
Me faz queimar...
E então faça de novo...
Faça de novo...
Mas faça devagar, vamos aproveitar...
Faça de novo.

PeDiDo dE cAsAmEnTo!

Eu casaria com a Martha, caso ela quisesse, é claro!

Como bom gaúcho que sou, não poderia deixar de ser bairrista. Bairrismo é quase um critério de existência aqui no sul, e não que com isso não tenhamos bom senso e não sejamos capazes de reconhecer as qualidades das produções e filhos de outras terras, pelo contrário; sempre serão bem vindas riquezas de além fronteira. Agora, justiça seja feita, temos coisas e pessoas EXPLENDIDAS por aqui, por exemplo nossos escritores, seres dotados de um encanto peculiar, único.
Eu poderia falar de cada um deles, da magnitude de sua escrita, do quanto contribuem para minha vida, do quão além me levam; mas não quero citar nomes e correr o risco de deixar um desses gênios de lado. Porém tem alguém de quem não posso escapar, de quem não quero escapar, Martha Medeiros. Martha enfeitiça, ela tem não só o dom da escrita ela tem o dom de escrever e cativar, de nos arrematar com delicadeza.
A Martha me desperta um amor, uma tesão (com o perdão da palavra) que é algo incontrolável, se eu correr o olho e ver o nome dela, não me controlo, paro tudo e leio.
A nossa Martha como, carinhosamente, gosto de chamar, consegue sendo nossa, ser fiel. Martha com sua escrita é uma mulher grande, do tipo que não nasceu para ser de um só, e por isso ela ganhou a nós, ela está em nossas vidas com sua escrita peculiar, com sua simplicidade poética, com sua simplicidade inteligentíssima, amo o bom humor elegante que ela tem, e a total segurança em admitir-se insegura sobre algumas coisas, me atrai a descomunal força que ela tem a ponto de ainda se sentir frágil em determinadas situações. Feminista?! Quem sabe, por que não? Ela pode defender uma ideologia, e ainda assim não parecer separatista ou impositiva, ela consegue.
Eu leio Martha e fico imaginando como seria essa fabulosa mulher ando de carro por Porto Alegre, como seria Martha andando de pijamas pela casa como uma mortal que deixa bem claro ser, alias um dia, mesmo com ela recusando meu nada formal pedido de casamento ainda tomaremos sopa juntos, espero, conversaremos sobre coisas simples que em suas letras ganham uma importância tão grandiosa.
Sim, Martha Medeiros, a nossa graças a Deus Martha, é tudo isso! Até conheço gente que torce o nariz pra ela, e respeito, mas pra mim não gostar de Martha Medeiros e como não saber conviver com gatos, é não querer se deixar conquistar. Então ainda que não a ame como eu, pelo menos a leia de forma aberta e depois tornamos a conversar, sei do poder de sedução que sua escrita tem e confio no mesmo.

E se ela quiser, caso mesmo!

[eNtRe]Ga

O suor lavando a alma,
Respiração ofegante,
Gemidos.
É momento, é perfeição...
Eu me entrego...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

SoBrE o VeNtO...


Às vezes ganho asas e de tão longe que vôo chego perto de mim, perto do que sou...
À vezes apenas deixo a térmica me levar;
Abro bem minhas asas, fecho os olhos e descanso...
Tem dias em que badalo sinos, que dou avisos.
Tem dias que carrego folhas, que apago marcas...
Tem outros, em que a sutileza se faz presente, e aí não passo de suave calor que chega,
E vou embora sem pedir licença...

Posso ter mil faces,
Mas tenha a certeza de que mesmo não tendo nenhuma cara,
Posso ser cada uma das faces que cultivo...

Faço estragos;
Derrubo o que construí e o que não quero em pé...
Me faço funesto.
Mas também trago a chuva, que dá a esperança do nascer.
Refresco do sol que castiga....

Me perco em meio ao que nem sei onde é,
Me perco em meio a mim...
E ainda que encontre barreiras, sou livre...

Nunca preso,
Não importa de onde venho ou pra onde eu vá,
Mas sim, o caminho que vai me fazer crescer...
E mesmo estando em tudo, me permito estar sozinho...
Me permito ser meu.

Nem sempre forte,
Nem sempre calmo,
Nunca visto,
Nem sempre em movimento,
Mas SEMPRE vento...
Sempre livre...

E sobre o vento, o que sei é que sou assim.
Sem distâncias, sem destino...
Sei quem eu estou.
E que por agora estou indo...

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

EsCuTe GaRoTa...

Escute garota,
Eu poderia te amar caso você quisesse,
E se quiser voltar saiba, ainda estou te esperando.
Você não é do tipo que deixa os caras livres,
Você se faz pesadelo em noites vazias,
Você passa e faz estrago,
É do tipo que marca território, que deixa o cheiro.

Escute garota,
Eu poderia te perdoar, caso isso te fizesse alguma diferença.
Você é o tipo de garota que deixa marcas,
Que mostra quem manda, e nunca sou eu!
Você não sabe perder,
E é isso que eu gosto em você.

Escute garota,
Eu até olharia pra outra mulher caso enxergasse alguém além de você.
Você é do tipo de mulher que faz tipo,
Me chama pr’um canto e depois vai embora rindo sem beijar
Você pede segredo, mas faz questão de espalhar o que conta.

Escute garota,
Posso não ser seu sapo encantado,
Posso estar mais pra príncipe abobado,
Mas saiba garota:
Eu quero você!

CoNtI[nU]o

Continuo passando os dias,
Ainda te espero, me desespero.
Continuam passando os dias,
Ainda me vejo, me cego.
Ainda te amo.

domingo, 24 de janeiro de 2010

bLoG mEu, TeXtO dE qUeM eScReVe MeLhOr Do QuE eU... [BAR]

Como não podia deixar de ser, vou postar textos que não são meus mas que me tomam de tal forma que eu confesso pensar a seu respeito: "Droga!!!! Por que não fui eu quem escreveu essa maravilha?!"
Então aí vai o primeiro da série:



BAR
Calei a boca da noite.
Mostrei quem eu era.
Chamei umas garotas p'rum canto.
Falei merda.
Num céu escuro todo mundo é assim.
Falam com os braços, gritam com os olhos.
Reclamam da boca pra fora.
E só depois dizem que sim.
Te pedem bebida e grana.
Na boa. Carona pra voltar.
Embaixo de estrelas e no ritmo do som.
Atoa.
Sossegado.
E deixando rolar.

Créditos e louvores mais que merecidos À João Cláudio Petrillo.

[VoLtA]NdO...

Ensaiei algumas formas de escrever esse texto. Pensei em uma volta triunfal; pensei em piadas (todas sem graça, eu admito) pensei em começá-lo discordando de algo, mas desisti de cada uma delas; sim raros leitores, EU DESISTI!
E sabem qual é a novidade dessa nova fase quase que renascentista da minha volta as páginas de blogs que criei? Estou voltando mais maduro e conhecedor de mim.
Não aprendi horrores sobre o mundo, não descobri coisas fenomenais acontecendo em algum lugar secreto da galáxia; e não, eu ainda não sei como curar a AIDS, como acabar com o preconceito que às vezes vitima até mesmo a mim (eu sendo preconceituoso, coisa nem tão rara, sem hipocrisias entre nós como sempre fora), mas saibam que nesse período de exílio literário, com o perdão da pretensão em me achar “literário”, aprendi e conheci a mim.
É eu sei, vivia falando sobre conhecer-me, sobre sabermos quem somos, o que queremos, o que fazemos, porque fazemos e bla-bla-blá, e não que fosse uma mentira, mas eu confesso era uma farsa em mim, pra mim, uma encenação, sem pedras por favor; eu nunca neguei o meu cinismo, pelo contrário.
Bem deixemos pra depois o meu cinismo de outrora (sempre quis usar a palavra OUTRORA, tão linda né?!), falemos por hora de como estou e aos poucos vou contando os porquês... Quero que saibam por hora que estou menos cítrico, menos inquisidor, e também menos conformado. Eu estou bem, estou tranqüilo comigo, estou voltando a algo que vocês não conhecem ainda, estou pródigo de mim mesmo, em mim mesmo, de volta a essência...

Talvez eu deixe de ser interessante, mas essa é a “moral” desse texto (como perceberam, prolixo eu continuo sendo.). Talvez eu deixe de ser interessante para vocês, aos seus olhos, mas estou voltando a ser tão gostoso e verdadeiro aos meus olhos, pra mim. E não que eu esteja pregando o narcisismo, mas estou sim afirmando que melhor que agradar a quem pouco nos vê, é agradar e a quem somos. Então sejam vocês pra vocês, sejam vocês em vocês. Se permitam sonhos que os outros não gostariam que sonhassem, eu garanto: é algo BÁRBARO!

[PaR]aSiTaS...

“Fabuloso!” Foi assim que um grande amigo definiu o último poema que escrevi.
Algumas horas depois pedi que outro amigo lesse o mesmo texto, mas dessa vez em voz alta, queria ouvir minhas palavras tendo vida no peculiar timbre de voz que tanto me agrada, assim que ele acabou olhei-o, e cheio de uma certeza desconcertante disse: “não gostei, esse texto não é meu! Não fui eu quem escreveu isso, não sou eu quem fala dessa forma, quem diz essas coisas... Quem usa essas expressões, quem tem esse vocabulário expressivamente dramático não sou eu, é “fulano”” (nosso amigo em comum). Acabei perdendo a vontade de mostrar ele (o poema) a mais alguém e mais ainda de postá-lo aqui ou em outro lugar, não que eu ache que “fulano” escreva mal, pelo contrário, gosto. Mas “À César o que é de César”, e esse texto não é meu!

E vocês devem estar se perguntando: “Ta, e daí?!”

E daí que esse fato na verdade acabou por confirmar mais uma das minhas muitas teorias de fundo de quintal; Alguns de nós, assim como eu SOMOS PARASITAS! Dia após dia nos alimentamos dos que nos cercam, como esponjas vamos absorvendo um pouco do que são, do como agem e o porque o fazem.

Veja, não acredito naquele ditado infeliz que diz: “diga-me com quem andas e te direi quem és!” Isso é desculpa de gente preconceituosa e com problemas de convivência!
Não acredito também que sejamos nós o que fizeram de nós. Mas creio que somos o que permitimos que tenham feito de nós. Posso citar inúmeros exemplos, casos de irmãos criados na mesma época, com a mesma base educacional, tendo os mesmos valores e mesmo assim pessoas totalmente diferentes, com visões e feridas diferentes, pessoas que absorveram de forma diferente o que lhes foi passado. Poderia falar de pessoas que diante da mesma situação age de maneiras tão distinta, mas vou falar de mim, da minha experiência, se é que posso assim dizer.

Não acredito que eu tenha sido influenciado, mas acredito sim, que diante de alguém que tenha algo que me agrada acabei por desejar o mesmo, acabei por analisar, conviver, compartilhar e como não podia deixar de ser acabei exteriorizando, algo que não era eu, mas que eu estava vivendo.
Esse tipo de situação, que por mais que não percebamos, não é rara, não são coisas ruins, essa troca de informações, de cultura e sentimentos é o que nos faz adquirir experiência de vida, nos faz crescer, a questão é como vamos nos portar diante delas. Absorver coisas, sintetizá-las e posteriormente usá-las não é ruim ou mesmo errado. Ruim, errado é nos perdermos em meio a esse mágico processo. Ruim e errado é deixarmos de sermos nós e vivermos nossas vidas pulando de vida em vida; sonhando sonhos que nunca foram nossos, fatigados por batalhas que não lutamos, perdidos e amedrontados por medos que desconhecemos; ruim e errado é levantarmos bandeiras em prol de coisas que nem acreditamos; é resumindo nos apropriamos de uma essência que é a nossa.
Ou seja, absorva sim! Parasite coisas de qualidade sempre que puder e quiser, mas nunca deixe de viver a sua própria vida a sua essência, que os outros sejam reflexos em sua vida, nunca você.

eXpLiC[AçÕeS]...

Galera, fiz mais uma vez!
Perdi a senha e o login do meu outro blog, não faço idéia de como continuar postando minhas coisas por lá...
Até cheguei a pensar em criar um blog clone daquele, mas deisisti. Não sei até onde essa coisa de dois blogs, duas temáticas, duas formas de escrever dariam certo, me conheço e sei o quanto pode ser penoso pra mim disciplinar-me em relação a determinadas coisas quando as mesma me parecem uma obrigação.
Acabei resolvendo trazer os textos do outro blog pra esse aos poucos e ir sempre postando os novos, vou apenas separá-los com marcadores pra que não TÃO bagunçado, se é que isso é possível, afinal a mente humana por natureza é meio bagunçadinha e a minha é tão humana...
Espero não desapontá-los e espero também encontrar por aqui meus pouco e antigos leitores.
Carinhosa e intimamente abraço a todos!

sábado, 23 de janeiro de 2010

LiG[AçÃo]!

Como apaixonar-se?

Pegue o telefone, ligue pra alguém da sua agenda, e diga:

-Alo!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

[sÃo]BoM...

Ela deve ser melhor do que eu,
Ela não come feijão, na mesa dela sempre tem camarão.
Ela não cheira a gordura, odeia fritura.
Ela deve ser melhor do que eu, usa camisola de seda pura.

Está sempre de salto,
Não conhece a favela.
Ela deve ser melhor do que eu...
Não tem o molejo arretado,
Um riso largado.

Ela deve ser melhor do que eu,
Não acorda quente, cheirando a canela,
Ela até deve se donzela, te ferrou malandro: vai ter que ensinar tudo pra ela.

Ela tem os gestos contidos,
Nunca vai te achar um bom marido,
Mas isso nem eu.

Ela deve ser melhor do que eu,
Ela não bebe cerveja, gosta de Martine com cereja.
Nunca fica alta,
Não troca teu nome pelo de outro “home”,
Ela deve ser melhor do que eu,
Não morde teu pescoço,
Não agüenta tudo no “osso”...

Ela deve ser melhor do que eu,
Ela não gosta de criança, eu sou boa parideira.
Ela deve ser melhor do que eu,
Ela não se acaba na gafieira,
Diz que gosta de música estrangeira.

Ela deve ser melhor do que eu,
Tem gestos contidos,
Nunca vai te chamar de bom marido,
Mas isso; nem eu...

Ela deve ser melhor do que eu,
Foi você quem escolheu...

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

[CoN]sEqUênCiA...

...Queria falar da grandiosidade do momento,
Da plenitude do que estou sentindo,
Da vida em mim transbordando,
Das feridas sendo curadas,
Queria agradecer pela serenidade que agora se faz viva em mim,
Pela liberdade que me toma;
Mas diante do tamanho de tais,
Diante da força do sentimento, vou calar;
E Fazer do meu silêncio minha eloquência...

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

[BiO]gRaFia

Já conheci mais gente que eu saiba contar,
E mesmo assim fiz menos amigos que eu possa perder a conta.
Já errei mais que alguém pode errar por toda a vida,
E ainda não errei o suficiente pra aprender...
Já me lancei de cabeça, me entreguei totalmente,
E nunca deixei de ser meu.

Pus coisas fora, e hoje procuro incansavelmente por elas,
Outras que guardei, nunca vou usar.
Usei disfarces; mas nunca me escondi...
Já perdi os sonhos, já perdi o sono...
Já realizei sonhos “impossíveis”, e percebi que nem eram tão grandes...
Fiz coisas pequenas, talvez imperceptíveis, e no fundo moveram vidas; foram as maiores que farei até o fim...

Já amei desesperadamente e fui amado,
Já amei e fui rejeitado.
Vergonhosamente, já me esqueci de amar...
E ainda amo, mesmo sem saber como...

Já cicatrizaram feridas, e ainda terei muitos cortes...
Já corri e quando cansei: parei, descansei, e avaliei se ainda fazia sentido correr.
Já chorei rios,
Chorei minhas dores, meus amores, minhas alegrias...
Chorei meus amigos, minha família, minha vida...
E ainda quero chorar mais...

Me desgastei em trabalhos que não me enobreceram,
E dei tudo por aqueles que me davam mais que salários.
Fiquei fatigado, esgotado e ainda assim sorri.

Tive medo,
E ainda tenho...
Já peguei sol, chuva, e o vento já cortou meu rosto..
E ainda assim não desisti de sentir o tempo passar por mim.

Já lutei em guerras que não eram as minhas,
Já dei meu sangue, meu suor e minhas lágrimas por causas que cria serem vitais.
E entrei com descaso em batalhas que não dei a importância devida,
Já me entreguei quando minhas forças se acabaram,
E outras vezes juntei forças que não tinha; e ferido, fui até o fim.

Já tive amigos íntimos,
E intimidades com amigos que eu não deveria ter tido...
Já me arrependi do que fiz, do que não fiz,
E mais ainda do que não terminei de fazer...

Disse eu te amo, quando o sentimento não era amor...
E por medo; escondi de todos e até de mim, meu amor; meus amores...
Minha vida...
Se foi bom ou se foi ruim?
Se foi certo ou se foi errado?
Ainda não sei.
Mas sei que de cada dor, cada felicidade, cada euforia.
Eu cresci e aprendi a sentir intensamente.
De cada palavra que disse e principalmente das que não falei,
De cada segredo que ouvi, de cada sentimento traduzido em palavras ficou a certeza da liberdade.

Um dia vou escrever, e dizer o que sou realmente, mas até lá vou aprendendo, eventualmente ensinando,
Mas sempre com a certeza de que ainda há tempo se eu quiser.
Com a certeza de que ainda chego onde quero, desde que eu queira chegar em algum lugar;
E o melhor?
Me permito o querer, ou a falta dele.

Vou andando e me permitido, me conhecendo, vivendo...

[BiO]gRaFia

Já conheci mais gente que eu saiba contar,
E mesmo assim fiz menos amigos que eu possa perder a conta.
Já errei mais que alguém pode errar por toda a vida,
E ainda não errei o suficiente pra aprender...
Já me lancei de cabeça, me entreguei totalmente,
E nunca deixei de ser meu.

Pus coisas fora, e hoje procuro incansavelmente por elas,
Outras que guardei, nunca vou usar.
Usei disfarces; mas nunca me escondi...
Já perdi os sonhos, já perdi o sono...
Já realizei sonhos “impossíveis”, e percebi que nem eram tão grandes...
Fiz coisas pequenas, talvez imperceptíveis, e no fundo moveram vidas; foram as maiores que farei até o fim...

Já amei desesperadamente e fui amado,
Já amei e fui rejeitado.
Vergonhosamente, já me esqueci de amar...
E ainda amo, mesmo sem saber como...

Já cicatrizaram feridas, e ainda terei muitos cortes...
Já corri e quando cansei: parei, descansei, e avaliei se ainda fazia sentido correr.
Já chorei rios,
Chorei minhas dores, meus amores, minhas alegrias...
Chorei meus amigos, minha família, minha vida...
E ainda quero chorar mais...

Me desgastei em trabalhos que não me enobreceram,
E dei tudo por aqueles que me davam mais que salários.
Fiquei fatigado, esgotado e ainda assim sorri.

Tive medo,
E ainda tenho...
Já peguei sol, chuva, e o vento já cortou meu rosto..
E ainda assim não desisti de sentir o tempo passar por mim.

Já lutei em guerras que não eram as minhas,
Já dei meu sangue, meu suor e minhas lágrimas por causas que cria serem vitais.
E entrei com descaso em batalhas que não dei a importância devida,
Já me entreguei quando minhas forças se acabaram,
E outras vezes juntei forças que não tinha; e ferido, fui até o fim.

Já tive amigos íntimos,
E intimidades com amigos que eu não deveria ter tido...
Já me arrependi do que fiz, do que não fiz,
E mais ainda do que não terminei de fazer...

Disse eu te amo, quando o sentimento não era amor...
E por medo; escondi de todos e até de mim, meu amor; meus amores...
Minha vida...
Se foi bom ou se foi ruim?
Se foi certo ou se foi errado?
Ainda não sei.
Mas sei que de cada dor, cada felicidade, cada euforia.
Eu cresci e aprendi a sentir intensamente.
De cada palavra que disse e principalmente das que não falei,
De cada segredo que ouvi, de cada sentimento traduzido em palavras ficou a certeza da liberdade.

Um dia vou escrever, e dizer o que sou realmente, mas até lá vou aprendendo, eventualmente ensinando,
Mas sempre com a certeza de que ainda há tempo se eu quiser.
Com a certeza de que ainda chego onde quero, desde que eu queira chegar em algum lugar;
E o melhor?
Me permito o querer, ou a falta dele.

Vou andando e me permitido, me conhecendo, vivendo...

domingo, 17 de janeiro de 2010


[mE dEi]Xe ToCaR...


Ouça tocar...
Deixe tocar...
Me deixe tocar como você me tocou...

Ouça tocar...
Deixe tocar...
Me deixe tocar como você me tocou...

Me ensine a tocar seu coração,
Assim como só você toca o meu...
Me deixe tocar ...

Tocar seu coração...
Tocar seu coração

sábado, 16 de janeiro de 2010

pArTíCuLa[R]... (4ºlivro)

Por que eu tenho essa necessidade em te definir?
Em te limitar,
Seria vontade de te fazer pequeno para que caiba em mim?
Tenho a vontade de te guardar em mim, na tua liberdade particular.
E perto de você ainda me sinto inseguro,
Queria ser teu, sem que deixasse de ser meu,
Queria você comigo, mas ainda sendo seu.
São outros tempos, você sabe de tudo o que se perdeu.
Eu desisti de guardar retratos, de fazer coleções.
Sem analises, sem defesas...
Me perdi em você, me aprisionei por vontade,
Você me dá a sensação que sempre quis, de não desejar saber o caminho exato.
E pra ser honesto: eu nunca soube! Mas com você eu posso admitir isso.
Você conhece as minhas desculpas e fugas,
Sabe ler os meus sinais...
Torna imprescindível algo que não conheço...
E me embriaga o fascínio que exerce sobre mim.
Me agrada o gosto que você tem, me intriga esse seu doce amargo que não sai da boca mesmo sem ter-lo provado.
Me prende e me domina o que você possa ter de ruim, o que seus sorrisos escondem.
Gosto da tua euforia comedida, do seu doce saber de sobriedade.
Gosto de você: do que é, e mais ainda do que nunca vais ser.
Gosto da sua bucólica tristeza.
Me agrada as definições que erroneamente tenho de ti.
A grandiosidade que só você tem ao ser pequeno quando necessário.
Me rouba o chão e ultrapassa as barreiras do que posso entender.
Minha admiração por você cresce a cada segundo ao teu lado, a cada troca de olhar que só eu dou,
É tão platônico, chega a ser vivo em uma realidade só minha.
Me encanta com definições,
Com certezas e mais ainda com a hombridade em assumir a falta delas.
Gosto das tuas piadas sem graça.
Gosto do cheiro de novo, da incerteza que sinto ao teu lado,
Você resume o mundo com um único sorriso.
Teu espírito me tem...
E preso a tua liberdade, estou completo.
Estou saindo, mas você fica...

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

[iN]cOmPlEtO...

Eu vi o poeta,
Dancei no fogo,
Me queimei sem ver.
Não senti as dores dessas marcas,
Me alegrei na beleza da minha dor.
E de tão completo, estava incompleto.

E quando não queria, desejava, prendia.

Eu vi o poeta,
E senti a solidão que só a multidão pode dar.
Fui insatisfeito, desejoso.
E fui pondo coisas fora,
Evitando perdê-las,
Guardando longe o que não quero que me tirem.
Entreguei minha liberdade em asas que não eram minhas,
Fui servil.
E morrendo, a lealdade ao matador ainda me acompanhava.

Sim, eu vi o poeta...

SeXuAl[MeNtE]

O que antes era banal, agora toma forma, ganha vida.
Sussurros que expõe mais que desejos, mostram o mais íntimo de nossas vidas.
Vidas que não são mais dois corpos, mas sim um só.
Uma só batida, uma só levada.
A respiração é acelerada, compassada, única.
Sexo não é tudo, mas é o que eu quero agora.
Ainda quero sorver a vida que sai você,
Extrair do teu íntimo suspiros e confissões que só o desejo pode tornar verdade.
São gemidos e juras de um amor alimentado pela chama que consome pudores e esclarece desejos intensos.
Toques, caricias que variam de doce a picantes, cheias de intenções, carregadas de sexo, de instinto.
Poesias flutuando pelo quarto envolvendo os corpos quentes.
Sons que fazem a mente se perder em meio a fantasias agora nem tão fantasiosas, sons que fazem o corpo ganhar um compasso próprio, um ritmo não esperado, desconhecido.
São cheiros que expressam mais que atos, que revelam intenções, dão o rumo certo.
São cheiros que mostram o próximo passo.
Ações e a falta delas;
É tudo o que eu faço e o que deixo de fazer na esperança de te ver me levar.
De ser conduzido pelo teu quer.
Dominado pelo que te domina.
É você no seu lugar. Você dentro de mim.
Aconchegado pelo meu calor íntimo.
Protegido pela minha entrega.
Os olhos falam, e as lagrimas não são de dor,
Quiçá seria o amor uma dor?
Não, não agora.
Agora é plenitude.
O silêncio é eloqüente.
E a grandiosidade desse momento expõe o nada ao qual o resto do mundo se limita.
Amar, provocar, enlouquecer, conceder, tocar, acariciar, beijar, lamber, chupar, transar: verbos expressos em cheiros e ações, intenções, tudo sinônimo de você.