domingo, 26 de julho de 2015

Tempo

Há tempo.

Ainda há tempo.


Eu vou estar em casa, só, e vou doer sua falta.

Eu vou acordar e achar que o dia está errado,
que as coisas estão fora do lugar,
que o sol não deveria ter nascido,
e que é um absurdo o tempo não parar se você não está aqui.
Eu tenho a certeza que seu lugar é em mim.

Há tempo.
Ainda haverá tempo.

Eu serei nostalgia em manhãs sem teu cheiro.
Serei espaço em uma cama vazia,
e talvez eu seja dor em uma cama a três, eu, qualquer outro e a lembrança...
Eu serei a prece para a cura do tempo...

Há tempo.
Ainda virão tempos...

Virão tempos em que eu cicatrizarei.
Virão tempos que as lembranças serão compartilhadas com sorrisos,
tempos que em nossos plurais voltarão a ser prazer.

Até lá, enquanto o tempo passa,
até que chegue o tempo certo, eu peço, esteja comigo,
será mais fácil ao seu lado,
Vamos aprender juntos a passar o pelo tempo até o tempo certo que há de vir.


segunda-feira, 20 de julho de 2015

por esses dias...

o tempo passa sem pressa,
em marcas que desenham meu rosto,
se arrastando em dores que aos poucos matam,
o tempo se faz carrasco de uma prisão que eu quis estar...

os dias são pequenas eternidades feitas para doer,
e fugir é ilusão.
há tanto sentimento preso nesse silêncio,
há tanta dor viva e pulsante nessa morte.

eu reprimi palavras, e represadas elas me ameaçam,
crescem e forçam meu peito em uma provável explosão...

cego eu ainda mantenho as portas abertas,
e cansado ainda espero você voltar, 
não espero mais pelo amor que você dizia sentir,
mas pela presença que acostumamos a ter,
espero pelo espaço no seu abraço...

eu tenho acompanhado você de longe, esperando por um sinal,
tenho aprendido a ter fé em verdades passadas, em certezas bêbadas,
faça sua parte, por favor...