sábado, 27 de março de 2010

DiFeReNtE...

Podia ter sido diferente, mas acontece que eu sou assim
Faço amor com os olhos,
Danço com a noite com o mesmo afinco que te devoro.
E da chuva faço morada assim como no sol busco calor.
Insisto e desisto de você com a mesma vontade, com a mesma tesão.
Com você tudo é tensão.
Podia sim ter sido diferente, mas acontece que eu sou assim,
Busco o que quero,
E corro pra não alcançar, corro só pra te cansar.
Mostrar que eu posso mandar.
Que eu posso falar,
E mesmo assim prefiro gritar silêncios que você não sabe controlar.
Podia ter sido diferente, mas acontece que eu sou assim,
Ando sobre águas que não afogam,
E dos corais te faço colares.
Te encho de lua e da luz pagamos.
Acontece que sabemos acontecer.
Sabemos como fazer,
Onde tocar, quando tocar, sabemos como apertar.
Podia ter sido diferente, mas acontece que eu sou assim,
Sou meio carente, meio demente, meio insolente,
Acontece que na verdade o tempo mente.
Mas é claro, podia ter sido deferente.

quarta-feira, 24 de março de 2010

cAsA...

Às vezes eu preciso de cafés em xícaras,
De açúcar.
De coisas com o peculiar cheiro de casa.
Da minha casa.
Às vezes preciso de colo.
De liberdade vigiada.
Preciso de sons que só o lar tem.
De espaços que ninguém preencherá.
Preciso daquelas partículas de poeira e réstias de sol, que só existem aos domingos nas janelas dos nossos quartos.
Às vezes eu preciso de pedrinhas que antes incomodavam.
Eu preciso de dias de vento.
De tempestades feitas de sol e água de mangueira.
Preciso de fatos, e fantasias.
Lugares onde só o meu armário podia me levar.
Às vezes preciso poder precisar...
Preciso esconder, pra sentir que sendo descoberto, sou visto.
Às vezes preciso de casa,
Preciso correr atrás de coisas que fujo.
Preciso voltar; matar a saudade e saber que às vezes eu preciso.
Que minha força vai até minha necessidade, e por mais que às vezes demore;
De casa a gente nunca esquece o caminho.
E assim vou indo, voltando, precisando de casa,
Da minha casa.

dE nOvO...

Vai começar mais uma vez...
Tempo escasso.
Desculpas constantes.
Abraços raros.
Conheço esse caminho, e ele me cansa.


“Hoje não.”
“Sozinhos? Mas...”


É sempre assim,
É sempre igual.
Perder é inevitável.E o que se ganha, se repudia

eU pEçO aR...

Eu peço que cure essa ferida,
Que me tire dessa vida,
Eu peço pra levantar,
Pra voltar a andar
Eu peço pra me esquecer
Pra ir embora, levar, sair, dar o fora
Eu peço pra me guiar, me ensinar
Eu peço pra se distanciar, me deixar cair.
Eu peço pra vir
Pra sumir
Eu peço pra distrair, pra abstrair
Eu só peço pra não me trair
Eu peço pra sair
Pra vir, pra voltar
Eu peço pra começar
Pra sonhar
Pra deixar
Avaliar, ganhar
Eu peço pra acabar.
Eu só peço pra não me trair

NeM tUdO...

Nem tudo o que eu quero cantar eu consigo expressar,
Nem tudo o que eu quero fazer eu consigo viver,
Mas por você eu sei, tenho como continuar.
Eu vou tentar.

Às vezes eu acordo e é como se ainda estivesse sonhando,
Às vezes o dia termina e percebo que não vivi nada
Eu te procuro pelas ruas e não encontro,
Eu grito e o som que se ouve é meu silencio
Eu te procuro e você dentro de mim

Nem tudo o que eu quero cantar eu consigo expressar,
Nem tudo o que quero fazer eu consigo viver,
Mas por você eu sei, tenho como continuar,
Eu vou andar.

Às vezes eu corro procuro por coisas, que sei:
Não vou encontrar.
Meus dias vão passar e eu vou mudar,
Mas em meu coração, só há uma certeza, vou te amar.
Às vezes eu desisto, mas quando penso em você eu mudo e insisto.

Nem tudo o que eu quero cantar eu consigo expressar,
Nem tudo o que quero fazer eu consigo viver,
Mas por você eu sei, tenho como continuar,
Sempre vou te amar..

segunda-feira, 22 de março de 2010

O dOcE qUeReR dA pOeSiA fíSiCa...

Não era só branca como a lua.
Era arredondada.
Tinha a perfeita forma de meus encantos.
Tinha um balançar único,
Era dança em passos de desejo que eu escondia em sorrisos.
Era o doce querer da poesia física,
A gana do possuir,
É poder.
Era além do que se via,
Não era apenas digna ser exaltada,
Era, assim como a lua dos meus sonhos, inatingível.
Intocável em minha necessidade de conter o desejo.
Era mais que um sonho que esperei sonhar
Era desejo que quis realizar.
Era de tamanho peculiar,
De formas ímpar.
Quis tocar, morder,
Quis entrar e fazer morada, quis ser bem vindo.
Não era a lua, mas estava tão ao meu alcance em estar longe.
Explosão. Era explosão;
Sentimentos que controlava em perder o controle.
Olhos que insistiam em não desviar.
Mãos suadas
Corpo quente.
Parecia a lua, mas não era,
Era montanha ligada pela caverna que me leva pra casa...

sábado, 20 de março de 2010

CoIsA mInHa...

Sol laranja,
Coisas de dezembro,
Noites sem sono,
Coisas minhas.
Sentimentos que não sei o nome,
Que não sei dominar,
Coisas do amor.

gRiToS!

Eu ouço gritos e isso me atordoa,
Eu ando em silêncio e isso me mata.
Eu ainda não sei a medida certa dessa dor,
Mas estou cansado de senti-la
Eu desisti de correr por que minhas pernas doem
Eu não tentei sentar por que tenho medo de parar.

Eu ouço gritos e lágrimas de despedida.
Eu sinto medo do novo e tédio pelo passado
Estou confuso com esse tempo.
Eu tenho fome, e o cheiro da comida me enjoa
Eu faço luz, mas vivo com esse escuro que cultivo.

Tenho andado em ruas apertadas
Em caminhos tortos
Tenho estado perdido.
Me sentido só.
Eu ouço gritos e isso me assusta, por que sou eu quem os produz.
Eu ando em silêncio e isso me mata.

eU qUiZ mAiS...

Cama vazia,
Cabeça cheia
Mortos pelas ruas
E dentro de mim.
Pedaços encharcados de história
Vida vazia
Eu dobro,
Corri.

Lençóis amassados
Branco manchado
Cheiro de cansaço
Desejo escasso
Lua que cai
Sol que não aparece.
Medo de você

Eu perdi.
Morri
Sonhos em noites de tempestade
Vento que destroça
Antes eu.
Dias de sol de chumbo.
Sangue.

Eu quis mais.
Já esperei mais
E ganhei menos
Cabeças soltas.
Paredes em movimentos
Ar rarefeito
Armaduras.
Ruas tortas em meu armário
Lágrimas no aquário.

Vida que continua.

sexta-feira, 19 de março de 2010

dEsTiNo...

Eu vou saber onde larguei meus sapatos,
Vou lembrar onde estão.
Andarei pela casa e não sentirei o mesmo frio de antes.

Amanhã, quando eu finalmente acordar, vou estar bem.
Vou fazer dos meus dias madrugadas de sol.
E de você lembrança.

Amanhã quando eu voltar a calçar meus sapatos
Serei mais uma vez dono do meu destino
E senhor da minha solidão.

Amanhã quando as coisas fizerem sentido
E meus pés não doerem pelos sapatos novos
Eu serei meu e serei livre de mim.

domingo, 14 de março de 2010

SaUdAdE dE AnNa...

Saudade de uma Anna com olhos de labirinto...
Saudade de uma Anna que faz o sol vir avisar que a noite será a lua para iluminá-la...
Que faz a madrugada sorrir,
Uma Anna que sendo mulher forte, se faz menina para apaixonar o mar...
Saudade de cheiro de molecagem, de ímpeto e charme...
Saudade de uma Anna que dominando se entrega...
Saudade de uma Anna que não sendo minha, tanto me pertence.
Tanto me tem.
Saudade de uma Anna que sabe viver,
Que sabe aproveitar cada coisa,
Que sabe que não vai voltar.
Saudade de uma Anna,
Daquela Anna.
Da Anna que sendo Terra,
Sendo forte, sendo suporte, dá asas...
Saudade de uma Anna com cheiro de chuva e cor de vento,
Anna que é tempestade e arco-íris...
Saudade de uma Anna que sinplesmente: é.
De uma Anna que sabe: sempre vai ser...
E que me perdoem as outras Anas,
Mas a minha saudade é dessa Anna...

sexta-feira, 12 de março de 2010

pRiMeIrA vEz...

Ainda lembro...

quarta-feira, 10 de março de 2010

tRaGaM uM pApEl E uMa CaNeTa, PrEcIsO gRiTaR!

Tragam-me um papel, uma caneta.
Minha necessidade em gritar aumenta.
Façam de meu silêncio uma desculpa para meus rascunhos.
Permitam que meus medos se expressem em linhas tortas, em letras porcas.
Permitam que meu grito seja de dor, quiçá amor quando eu souber o que isso significa.
Me deixem viver em traços rotos.
Eu quero ser.
Me tragam uma dose maior, um copo melhor,
Me tragam um pouco de mim, em uma bandeja.
Eu vou gritar, eu quero, eu preciso gritar!
Eu silencio...
Cadê meu papel, minha caneta?
Onde está minha liberdade?
Talvez eu precise dormir, ou acordar e sonhar.
Façam minhas vontades, sou virtuoso, sou desejoso...
Estou com fome.
Está escuro, e a noite já acabou,
Eu tenho visto o sol nascer, mas o gelo continua intacto em mim.
Me façam amor, mas façam- o com ardor.
Eu quero doer.
Distorçam meus pensamentos e destruam minhas poucas certezas,
Ainda estou vivo.
Tragam o papel que pedi e a caneta.

mAnHã...

Vento quente,
Rosa derramado pelo céu.
Vida nova.
Mais um começo...

[dEi]XaNdO dEnTrO...

E só por agora continuo pensando em você.
Sei que estamos distantes,
E que as coisas não serão como eu quero,
Sei que serão como devem ser.
Que estaremos longe e por mais que eu te pertença, você é livre.
Sei que por agora andaremos por caminhos separados,
Teremos histórias diferentes,
E que nossas vidas não serão uma.
Por agora a dor tem tido um sentido diferente.
Sim, você tem doído de uma forma maior.
Não estou convencido que esta é a sentença,
Mas já posso aceitar que é a nossa vida.
Estaremos longe, e você não sairá de mim
Seremos o que conquistarmos e sempre seremos um.
Nem sei se seremos ainda...
Por agora estou mais que conformado,
Estou sem vontade.
Meu querer é medo em meio ao teu caos pessoal
E minhas vontades eu deixe pelo caminho, vou viver.
Sem você, ainda amando e deixando, sem você...

quarta-feira, 3 de março de 2010

QUE AINDA HAJA MÚSICA...

Lembra das promessas?
Todas serão cumpridas...
Lembra dos sonhos?
Todos serão reais
Haverá luz pelo caminho,
Haverá verdade
E em algum lugar haverá nova vida
Mas que você não leve tudo o que me deu...

Que ainda haja música quando você se for...
E que sua ausência não silencie meu coração...

Que ainda haja música,
E que a dor seja amena
Que a saudade que nos encher seja como dobradura de papel, bela pela marcas...
O compositor sempre carregará a melodia,
Eu disse que você era importante e sempre será.
Sempre estará em mim, como a minha melhor parte.

Que ainda haja música quando você se for...
E que sua ausência não silencie meu coração...

Lembra das conversas?
Tudo já foi dito, tudo já foi feito...
Elas estão eternizadas em versos.
Como te prometi.
Nossa história.
Nós sabemos, amor não acaba.

Que ainda haja música quando você se for...
E que sua ausência não silencie meu coração...

Que ainda haja música quando você se for...
E que sua ausência não silencie meu coração...

Que ainda haja música...
Essa foi minha primeia música, a que mais gostei de ter composto, talvez por que sem que ninguém saiba foi feita pra pessoa que mais amei...
CORREÇÃO: Ainda amo, medo de admitir, mas é!

dO tEmPo ApReNdI...

Pedi coisas que eram minhas por direito, e que me foram negadas,
Coisas essas que depois foram entregues a qualquer um,
Perdi coisas que eu quis em meio ao que me pediram.
Eu dei, roubei, tirei.
Ganhei, fui roubado, me arrancaram coisas que só eu sabia o tempo exato de desfazer.
Já foi forte e cansei.
Desisti. E desisti de desistir, me entreguei.
E no final, a certeza de que ainda não havia acabado, e a dúvida de como continuaria.
Eu não falei coisas que queria, mas disse coisas que não deveria,
Eu amei, e deixei de amar.
Eu fui meu, me doei, e machucado quis tentar.
Eu errei.
E já acertaram.
Me escondi de amores que desejei,
E os que não controlei escondi onde só eu podia achar, no meu coração.
Dancei entre dores.
Sorri enquanto o peito dilacerava.
Chorei rios e contive barragens que meus olhos queriam jorrar.
Cantei músicas que não sabia a letra,
Escrevi história que não eram fábulas, mas agora vejo que me ensinaram lições de moral.
Escrevi histórias sem conhecer os personagens, o enredo, o desfecho, mas não deixei páginas em branco.
Corri com o vento,
Queimei com o sol.
Molhei com a chuva.
Fiz vida, e vi ela se esvaindo docemente entre dedos que não eram meus.
Aprendi que idade dá rugas,
Mas que o tempo dá experiência.
Aprendi a mentir, e aprendi que o importante é não se enganar.
Aprendi a mentir e sei que o importante é me defender.
Aprendi de vida, e sei que ela é morte, assim como começo é fim, como noite é dia.
Aprendi que os opostos não se atraem, eles se precisam para existir.
Aprendi que aprender é como perdoar. Um processo diário e nem sempre coletivo.
Aprendi a fazer barulho, e o mais importante:
Aprendi a beleza que silêncio esconde atrás do medo que causa.
Aprendi a ficar e a ir em silêncio.