quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

SoBrE o VeNtO...


Às vezes ganho asas e de tão longe que vôo chego perto de mim, perto do que sou...
À vezes apenas deixo a térmica me levar;
Abro bem minhas asas, fecho os olhos e descanso...
Tem dias em que badalo sinos, que dou avisos.
Tem dias que carrego folhas, que apago marcas...
Tem outros, em que a sutileza se faz presente, e aí não passo de suave calor que chega,
E vou embora sem pedir licença...

Posso ter mil faces,
Mas tenha a certeza de que mesmo não tendo nenhuma cara,
Posso ser cada uma das faces que cultivo...

Faço estragos;
Derrubo o que construí e o que não quero em pé...
Me faço funesto.
Mas também trago a chuva, que dá a esperança do nascer.
Refresco do sol que castiga....

Me perco em meio ao que nem sei onde é,
Me perco em meio a mim...
E ainda que encontre barreiras, sou livre...

Nunca preso,
Não importa de onde venho ou pra onde eu vá,
Mas sim, o caminho que vai me fazer crescer...
E mesmo estando em tudo, me permito estar sozinho...
Me permito ser meu.

Nem sempre forte,
Nem sempre calmo,
Nunca visto,
Nem sempre em movimento,
Mas SEMPRE vento...
Sempre livre...

E sobre o vento, o que sei é que sou assim.
Sem distâncias, sem destino...
Sei quem eu estou.
E que por agora estou indo...

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