sábado, 16 de janeiro de 2010

pArTíCuLa[R]... (4ºlivro)

Por que eu tenho essa necessidade em te definir?
Em te limitar,
Seria vontade de te fazer pequeno para que caiba em mim?
Tenho a vontade de te guardar em mim, na tua liberdade particular.
E perto de você ainda me sinto inseguro,
Queria ser teu, sem que deixasse de ser meu,
Queria você comigo, mas ainda sendo seu.
São outros tempos, você sabe de tudo o que se perdeu.
Eu desisti de guardar retratos, de fazer coleções.
Sem analises, sem defesas...
Me perdi em você, me aprisionei por vontade,
Você me dá a sensação que sempre quis, de não desejar saber o caminho exato.
E pra ser honesto: eu nunca soube! Mas com você eu posso admitir isso.
Você conhece as minhas desculpas e fugas,
Sabe ler os meus sinais...
Torna imprescindível algo que não conheço...
E me embriaga o fascínio que exerce sobre mim.
Me agrada o gosto que você tem, me intriga esse seu doce amargo que não sai da boca mesmo sem ter-lo provado.
Me prende e me domina o que você possa ter de ruim, o que seus sorrisos escondem.
Gosto da tua euforia comedida, do seu doce saber de sobriedade.
Gosto de você: do que é, e mais ainda do que nunca vais ser.
Gosto da sua bucólica tristeza.
Me agrada as definições que erroneamente tenho de ti.
A grandiosidade que só você tem ao ser pequeno quando necessário.
Me rouba o chão e ultrapassa as barreiras do que posso entender.
Minha admiração por você cresce a cada segundo ao teu lado, a cada troca de olhar que só eu dou,
É tão platônico, chega a ser vivo em uma realidade só minha.
Me encanta com definições,
Com certezas e mais ainda com a hombridade em assumir a falta delas.
Gosto das tuas piadas sem graça.
Gosto do cheiro de novo, da incerteza que sinto ao teu lado,
Você resume o mundo com um único sorriso.
Teu espírito me tem...
E preso a tua liberdade, estou completo.
Estou saindo, mas você fica...

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