segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Logo ali, no futuro...


Acordo assustado, amanheceu e a cama está vazia.

Rolo até o outro lado da cama apenas para me enrolar no teu calor, para sentir teu cheiro tão presente no travesseiro.
Rápida a memória aviva o gosto do teu corpo;  em resposta, a boca saliva o desejo de ter você em mim, mas amanheceu...


Saiu da cama, caminho lenta e preguiçosamente até a sala...

Você está sentado, de cueca, lendo Gaarder.
O sol da manhã ilumina teus desenhos, banha tua pele e aquece meu coração...


Os óculos, o café, o cachorro deitado no chão, você tão presente na distância da entrega, o silêncio, tudo tão espontaneamente milimetrado, cada coisa a seu lugar, minha prova de que o paraíso cabe em pouco espaço e pequenos raios de sol da manhã...



Eu fico ali, parado, eternizando.



E então eu entendo, amores de uma madrugada devem nos inundar em doses homeopáticas, se possível.

Nenhum comentário:

Postar um comentário