quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

LUTO

Silêncio, vamos respeitar a memória daquele que esfria, branco e sem reação.
Olhos vidrados no passado,
lágrimas no presente,
incertezas no futuro...
Eu sou o meu luto e sou o que luto.
Sinto o cheiro de flores e velas...
Vejo luzes embriagadas,
Eu não sinto mais mãos quentes...
Vejo o que morreu, e como deve ser o imortalizo em boas lembranças.
Eu vejo esse que morre, e me mata saber disso.
Sinto a dor, e entendo a morte.
Não tenho medo ou respeito, apenas a reconheço com desprezo e distância.
Estou de luto e não sei até onde quero lutar.
Descobri no meu luto, que nem sempre preciso lutar.
Entendi que lutar no luto é não aceitar a dor que vai ser maior que qualquer vitória.
Mas luto meu luto.
Silenciosamente eu luto.

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