quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Mudanças

Os abraços estão diferentes,
e o calor agora não tem mais malícia...
No rosto o cuidado em não errar e deixar o desejo acertar o canto da boca.
Dos abraços, as mãos são serenas e cuidadosamente ingênuas.
Estamos amigos, mas até quando seremos amantes?
É doce o término quando o ombro que se chora é o mesmo que se afasta,
e a partida não tem gosto de despedida, mas cheiro de chegada,
a partida é começo que dói como o que nasce entre nós na cama,

A cama! Ah a cama, agora ela cheira a cuidado, apenas cuidado...

As fortes batidas agora são apertadas, de um coração parado.
Não julgo passado, não entendo o presente e nem espero pelo futuro,
eu não quis até doer de tanto querer...
Vou matar uma a umas as borboletas que depois de um tempo de descuido saíram de casulos abrigados pelo meu estômago.
Vou chorar baixinho, rir alto,
Voltar a ser meu, e não por nada fora.
Gosto do que guardo.

Ainda vou me procurar em teus sonhos,
e dormir soluçando por você.
Vou viver o tempo, e comer dele, o que ele me oferecer,
seja qual sabor for.
Vou andar por aí conversando comigo,
sendo meu amigo.
Mas te levando comigo, se quiser...

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