um dia em sua casa,
com ela ainda fria,
você caminhará pelo
corredor,
e do quarto você o
chamará.
ele irá fingindo uma
timidez que te convencerá.
você estará certo de
que faz o melhor,
o beijará
calculadamente,
e seguirão o protocolo inicial.
não haverá mais coisas
minhas em seu banheiro,
nem fotos nossas pela
sala,
você pensa: sem pedaços, sem gosto...
você volta para o
quarto,
os dois quase nus;
e então você percebe:
a cama não está vazia.
eu ainda ocupo meu
espaço nela.
ainda tenho olhos de
quem não engana,
e na boca a sede que
não se sacia,
ainda sou brancas curvas que se domina com facilidade.
eu ainda sou o seu
desejo secreto.
sou sua verdade mais
honesta.
aprenda: não tiramos
da cama quem não sai do nosso coração!
volta.
você me ignora, ele não me vê.
-"eles não o terão por
completo."
por quanto tempo você
ainda fará as coisas a três?
aprenda: não tiramos
da cama quem não sai do coração.
você sangrará em
silêncio, e me perderá em você.
um dia você desejará
estar comigo em seu almoço de família,
e lembrará que eu era
quem segurava sua mão no hospital.
um dia você vai rir
das vezes que me odiou,
e se odiar pelas vezes
que desejou não mais me amar...
você ira sempre
lembrar do que foi bom,
e pesará o que foi
ruim como insuficiente,
tarde de mais...
não se tira da cama
quem não sai do coração.
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