sexta-feira, 9 de abril de 2010

oS dEdOs DeLe...

Nunca antes eu avistara tamanha formosura ser,
Nunca antes eu vira tanta destreza encontrar,
Tanta beleza em apenas dez.
Nunca antes havia sido tomado por tanta intensidade no desejo.
Desejo.

Eram dedos que me tomavam de encanto,
Sedução exposta em segredos de palma de mão.
Eram dedos que acariciavam minha noite,
Que encontravam caminho em meu rosto escuro,
Dedos que moldavam meus pensamentos.
Nunca antes eu presenciara tamanha ansiedade em possuir,
E nunca tivera eu, tanta vontade de ser possuído.

Eram dedos que encontravam a beleza exata do segurar a liberdade em deixá-la ir.
Os dedos de Dele falavam,
Eram eloqüentes como noite em que nossos corações pulsavam juntos.
Expressavam poesias que seu corpo insistia em exalar,
Cantavam um amor que só o silêncio pode conhecer.
E eu; ali, encantado com tamanha formosura,
Aprisionado pela dança dos dedos de Dele,
Livre em sua teia, cadeia de portas abertas,
Ninho secreto.
Voltando ao lugar de onde nunca saíra ou estivera.

Os dedos de Dele me levavam,
Me sentiam.
Eram belos, eram vivos, eram nus.
Os dedos de Dele eram parte de uma fantasia
Que presente não era só minha,
Mas que não dividia, era fantasia que acrescia.
Que crescia e me fazia como agora, feliz.

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